sábado, 15 de setembro de 2012

A Pedra e o Coração de Deus


Três homens, andando pelas montanhas, foram surpreendidos por uma tempestade. Para se proteger refugiaram-se numa caverna. De repente, uma pedra enorme despencou do alto e fechou completamente a entrada da gruta. Os três chegaram à conclusão que somente Deus podia salvá-los. Assim, começaram a implorar a ajuda do Todo-poderoso apresentando os atos das suas vidas que pensavam ser mais merecedores de consideração por parte de Deus.
O primeiro disse: ”Eu tinha somente uma cabra. Todos os dias a levava para pastar e ter um pouco de leite para os meus velhos pais. Também juntava lenha para vender a fim de que nunca lhes faltasse comida. Certo dia, cheguei e os encontrei adormecidos. Esperei a noite toda até eles acordarem. De manhã, dei comida para eles e depois eu também me alimentei e fui descansar. Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua bondade”. A pedra afastou-se um pouco.
O segundo falou assim: “Tempos atrás, apaixonei-me por uma jovem muito pobre, porém ela não aceitou se casar comigo. Então eu juntei todo o ouro que pude e disse para ela que tudo aquilo seria seu, se ela me vendesse o seu corpo por uma noite. A pobre jovem veio, mas o temor de Deus entrou no meu coração. Não toquei nela e lhe deixei todo o ouro. Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua bondade”. A pedra afastou-se mais um pouco.
O terceiro homem, também, contou a sua história: “Eu tive muitos homens trabalhando comigo. Quando concluímos os trabalhos dei a todos o salário devido. Um, porém, não se apresentou. Com o dinheiro dele comprei uma ovelha. Os anos passaram e a ovelha tornou-se um rebanho. Quando, enfim, o homem apareceu para receber o seu dinheiro, mostrei para ele o rebanho. Achou que estava zombando dele, mas eu insisti para que levasse o que era seu. Agora, Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua misericórdia”. A pedra afastou-se mais um pouco e os três homens conseguiram sair da caverna.
As boas obras deles tinham tocado o coração de Deus. O primeiro pela paciência e o amor filial. O segundo por causa do respeito ao fraco e do arrependimento. O terceiro porque agiu com justiça e honestidade.

A humildade e a perseverança na caridade movem qualquer pedra. Tocam sempre o coração de Deus.
 
Fonte: Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá – AP
 

sábado, 8 de setembro de 2012

Frangalhos...

Quando você lembrar de mim... Estarei aqui!
Quando você sentir saudades... Eu estarei aqui!
Quando você tiver certeza do que sente por mim... Eu estarei aqui!

Mas quando perceber que não pode viver sem mim e que tudo que aconteceu apenas nos distanciou... Não tenha medo eu estarei aqui, mas estarei em frangalhos...
Talvez mais forte por fora, porém, bem sensível por dentro!

Se o meu coração estava todo remendado e sangrando muito, agora ele nem bate mais, apenas vive!
 
As decepções, humilhações e mágoas o deixaram assim... A saudade era a única coisa boa que ainda o fazia pensar no amor, e o teu carinho nos poucos momentos felizes que tivemos é o que restaurava alguma ferida... Mas esse processo cirúrgico acabou! Não é verdade? Já havia percebido, só não queria acreditar...

Você não vai escolher... Você vai vegetar! Pois, não conseguirá escolher!
E eu? Eu vou continuar aqui, longe e enganada...

Triste, magoada... Mas só por dentro!
Vou deixar a fachada da minha vida neutra, sem arranhões, sem sequelas...
E o acesso será fechado... Ninguém vai ver os frangalhos de mim escondidos lá dentro!

Não estou me despedindo e nem exigindo nada...
Estou sendo apenas eu mesma, mesmo que isso pareça drama, mas essa sou eu, você sabe!

Você tem o tempo que quiser, resolva sua vida, veja o que é melhor...
Eu continuarei aqui!
Posso te ajudar, posso falar... E até dizer mais uma vez que Te Amo...

Mas aquela doce ilusão, lembra? Aquela que te pedi pra não criar nunca mais, e só falar quando for verdade... Sabe qual é?

Essa doce ilusão eu vou colocar numa caixinha, cobrir com um pano de seda, enrolar com fitas de cetim e guardar num buraco oculto. Afinal buracos é o que não faltam no meu coração!
 
By Escritora da Madrugada